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Foto do escritorObserver Pereira

Precisamos falar sobre comida e sexo.




Filmes que nos fazem pensar o sexo e a alimentação como uma experiência pertubadora.


RAW (Grave no original francês). Um filme de 2016 no qual uma jovem vegetariana torna-se uma consumidora de carne após um trote universitário, voltando-se inclusive para o canibalismo. Comer é aqui um ato de desespero existencial. O humano se tornando inumano em sua verocidade. Uma relação temática pode ser encontrada com a série francesa Les Revenants (2012, 2015).


Contágio Letal (Contracted, no original). Um filme de 2017 no qual uma jovem é agredida sexualmente e acaba tomada por uma compulsão por carne e sexo. Seu corpo é tomado por um processo de deterioração e as alusões aos filmes de zumbis vão ganhando evidência.


Somos o que Somos (Somos lo que Hay, no original). Um filme mexicano de 2010 no qual uma família de canibais precisa manter sua tradição após a morte do patriarca. Embora o sexo seja considerado como isca para atrair vítimas, o ritual canibalístico é autônomo e vinculado a formas privadas de espiritualidade. Não há conexão com filmes de zumbis. E claro que tem uma versão norte-americana (2013), afinal, os bonito não podem assistir nada em espanhol.


Corrente do mal (It follows, no original). Um filme de 2015 que teve boa repercussão. Ele apresenta uam inversão interessante acerca das regras do gênero de terror. É preciso fazer sexo para sobreviver. Quem se contém vai para os braços da criatura. Não há associação com o ato de comer. Sexo e doença tornam-se outra associação interessante.


Tanto Contágio Letal quanto RAW são filmes perturbadores no qual a maldade é construída de forma orgânica. Somos o que Somos e Corrente do mal detalham as armadilhas do sexo e da alimentação em uma perspectiva muito sombria.


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